quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

a revista do meu ano de 2015

2015: fui diagnosticada com fibromialgia; mudei de emprego; recebi um carro e percebi o peso da responsabilidade dos impostos e dos seguros; subi na carreira e passo muito tempo a assinar documentos oficiais que me dão dores nos ombros; o meu irmão mudou de casa e eu sinto a falta dele; troquei muitas vezes a minha família por acções de solidariedade e ganhei novas famílias; descobri que não posso ser dadora de médula e foi a primeira vez que me apeteceu perguntar porquê; senti o que era estar embriagada de amor; aprendi a valorizar a educação e a sentir que não é um dado adquirido; viajei para fora e não fiquei com vontade de fazer disso vida; li muitos livros novos e reli outros; habituei-me a viver sozinha e ao silêncio que isso implica; passei muitas noites na varanda a beber gintonico e a contemplar as estrelas; tornei-me mais sincera; passei várias noites sem dormir; fiz directas; tomei pequenos-almoços de madrugada; acompanhei os meus em tudo aquilo que eles precisaram; engordei e não fiz disso um drama; habituei-me a não ter horas para chegar a casa; tive um acidente de carro; conheci pessoas muito boas e fiz amizades para a vida; comecei a decorar a minha casa; tive muitas e boas conversas; tomei muitas decisões; muitas certas e muitas erradas; aprendi a viver longe; comecei a passar muito tempo na estrada por motivos de trabalho; tive a festa de anos que desejei; vi alguns dos meus amigos mais próximos emigraram; realizei alguns dos meus sonhos e alguns dos sonhos alheios que adoptei como sendo meus; enervei-me várias vezes e mandei tudo aos arames; esqueci-me muitas vezes de responder às mensagens que me enviaram; nem sempre tive saúde; sempre tive fé; reatei laços; pedi um livro para começar a escrever a história do próximo ano. venha ele.

despida de tudo. desarmada do mundo.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

É desta que vou receber coisas boas do Natal até aos reis e mais além! #1


Obrigada Raquel!
United Kingdom

[Boa noite]

Tu escolhes o sentido da vida. ♥

É desta que vou receber coisas boas do Natal até aos reis e mais além!


Obrigada mãos de fada!
França 

Em Missão

No rescaldo do Natal e destas coisas todas quis muito ir passear a Fátima. Não sei se em forma de agradecimento, se em forma de reflexão ou se em forma de comemoração (ou se de todas elas). Foi um dia muito importante nesta minha missão - "fazer as pazes."

O Natal já lá vai. Lai Lai Lai Lai.

Caminho para as pazes. O Natal foi o que eu quis: A família junta. Éramos 7 à mesa. Já fomos bem mais mas também já fomos bem menos. Estou feliz. Gosto assim. A mesa cheia. A prova de que não sabemos fazer comer para poucos e que a comida dava para muitos. Delicio-me com o polvo frito e o que gosto mais no meio da bacalhau, é o ovo cozido. Nos doces não vou pelo tradicional e a única coisa que me convence é o bolo rei de chocolote. O quentinho da casa, o amor no coração - a tranquilidade de um lar cheio. Ainda não consegui perceber se mereço tudo aquilo que recebi mas estou eternamente grata por tudo e por todos os que caminham junto a mim. Estou na esperança de que vá conseguir agradecer. Venha o Ano Novo!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

A bela adormecida, é minha avó.

Há 5 anos atrás, no dia de hoje, por esta hora, já não te via há 24h. Despedi-me de ti na noite de dia 24 com um beijo e com uma promessa: a de voltar daí a pouco para te mostrar os meus presentes. A manhã estava fria e a mamã segurou-me por casa para ver se não adoecia no frio da rua. Por volta da hora de almoço, o telefone tocou com a denúncia com que nunca devia ter tocado. Não te sentias bem. Precisavas de ajuda. A mamã e o mano correram para junto de ti e pediram-na. O papá segurou-me quando soube que tinhas sido levada. Não fui a tempo de te mostrar os presentes nem de te beijar as faces uma e outra vez e vezes sem fim nesse dia. Ficaste no meio de batas brancas para seres cuidada e acabaste por adormecer durante esta mesma noite em que agora te escrevo, separada por cinco anos. Foi para sempre o teu sono. E ainda não acredito.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

[os dias que levo e as memórias que me levam]

O tempo para a época festiva que se apróxima, já é fácilmente contabilizado em horas e por isso o tempo para o meu coração se dividir, também. É sempre esta uma das alturas em que me apróximo do céu e me afasto da terra. Sonho com estrelas e encanto-me com o brilho delas, sempre, todos os dias  quando é de noite, como se fosse a primeira vez.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Pertencer a esta família: um orgulho


As minhas mamãs já aqui estão: lindas e de sorriso rasgado.








A Mãe decide em Coimbra.

A Liliana convidou-me para madrinha do Bairro do Amor no Distrito de Coimbra e eu sem fazer ideia do menino que me estava a cair no colo, aceitei. Comecei com dificuldade na procura de espaços que pudessem acolher as nossas actividades, e onde coubesse todo o nosso Amor (se é que cabe por completo em algum lugar). Não foi uma tarefa fácil. Mas aos poucos e poucos os astros alinharam-se e como o que tem que ser tem muita força, os astros empurraram para o meu caminho a Carla e a Vera. Pessoas boas e com vontade de ajudar. Fomos dando passinhos que nos levaram ao caminho certo e que colocou ontem Coimbra no mapa do Bairro do Amor com o projecto "A mãe decide". Mamãs maravilhosas que se juntaram nas galerias de Santa Clara. Aquelas que foram o berço deste nosso primeiro filho. Obrigada às galerias de Santa Clara, às mamãs, e às fotografas voluntárias (também elas maravilhosas) Margarida Sampaio e Claudia Moreira Duarte. 





Serviço Público

Vem atrasado, mas perdoem lá a minha pessoa. Depois de eu ter publicado a agenda da Martisses que me tinha sido ofertada, muitas pessoas questionaram onde a podiam adquirir. A Martisses está exactamente aqui.
Sonhos ilustrados pelas mãos da Marta Tex.



domingo, 13 de dezembro de 2015

Coimbra está no mapa!

O Bairro do Amor, conseguiu, hoje, colocar Coimbra no mapa! Tive autênticos anjos em quem pude confiar as minhas quedas e pessoas verdadeiramente queridas que são provas vivas de que se queremos, vamos e fazemos! Ansiosa para vos abrir a porta ao dia de hoje. [Estou num orgulho que não me cabe no peito.]

Aviso a navegação de que...

...Hoje meti a primeira cunha para a minha festa de aniversário do ano que vem.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

E pronto, foi aqui que acabei de aquecer o meu coração no sábado.





The Qmr Xmas Club

Quem se queixa de tudo, pode aprender a não se queixar de nada.

Aprender a não nos queixarmos de nada acontece quando ouvimos um pré-adolescente de 15 anos dizer-nos que o maior sonho da vida dele é aprender a ler e a escrever.
Os olhos dele brilham a qualquer palavra que lhe soe uma oportunidade para o concretizar.
[Dói muito ouvir e dói muito ver.]

Está feita a minha wishlist. Assim na boinha.

Achava que este ano não tinha nada a pedir para o Natal, mas depois pensei com os olhos e com o coração, e afinal tenho muito a pedir. Quero que me traga mais campos de férias e festas da asbihp, projectos do Bairro do Amor realizados e mais pessoas boas ao meu lado. Na sexta-feira dei as mãos para trabalhar para a Asbihp e embrulhei (ainda que sem jeito algum) presentes para miúdos (obrigada LEGO) e graúdos. Conseguimos fazer 50 cabazes bem recheados (obrigada Pingo Doce, Spar, mini mercados locais, pessoas anónimas e tantos outros num sem fim de Amor) para distribuir pelas familías. A Catarina foi uma das (muitas) pessoas que trabalhou muito para que tudo fosse possível. No dia da festa, voltei a ver os mesmos sorrisos do campo de férias, os mesmos cadeirantes capazes de nos receber no colo deles e tudo aquilo que em outrora já me tinha feito feliz, voltou a fazer. O meu coração rebenta - de Amor.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Almoços nas nuvens.


[Sim, almocei em silêncio e com esta vista.]
 
Figueira da Foz, 04 de dezembro de 2015

explicações de coisas simples. ou mais ou menos. ou talvez coiso e tal.

Começou a altura do ano em que recuso mais convites que em qualquer outra. Hoje teria um jantar, uma festa e uma entrega do corpo às balas. Optei pela entrega do corpo às balas. Sei que estas são daquelas balas que fazem o efeito boomerang e voltam a nós em forma de sorriso.
Amanhã teria um jantar e duas festas. Tive que optar por uma das três coisas. Custa-me dizer "Não".  Tenho medo de magoar alguém no meio destas decisões dificeis de tomar. Tentando ainda assim, acreditar que todos compreenderão a impossibilidade de me colonar.

[De resto, tenham a certeza de que vos amo em qualquer altura do ano. E não gosto do Natal.]

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

[ainda não sei viver]

Ainda sou pequenina e limito-me a respirar o sabor do vento. [Ainda não sei viver.]

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

"...Eu só quero que o meu filho seja tratado de forma não especial, de forma corriqueira e banal. Esperando dele a normalidade de comportamento, atitudes e reacções que são expectáveis em todos os meninos da idade dele. O que quero mais na vida é que o meu filho não seja especial, que diga disparates, que voe na sua cadeira de rodas e possa experimentar a solidez do chão..."
 
[A partilha está aqui e é absolutamente maravilhosa. Obrigada Liliana. Cresço contigo.]


[Encher o coração de tudo - Amor e Sorrisos]

Gosto da simplicidade com que têm decorrido os dias. A recuperar aos poucos o fôlego. A desejar que os dias tenham 48h só para poder ser feliz durante mais tempo, a trabalhar muito e a agradecer todas as oportunidades que me são dadas.
[A menos de dois dias de encher o coração de amor e de voltar a sorrir assim.]



segunda-feira, 30 de novembro de 2015

[domingos de andar por casa]

Consegui descansar um bocadinho mais que em todos os outros dias. Continuo doente.
Acordei com a máquina de café. Tomei o pequeno-almoço embuída no mimo que durante a semana não é possível. O meu pai andou a fotografar e fotografou-me também. Andei com ele, insegura e sem talento nessa arte. Confiou-me nas mãos a máquina dele e não fomos longe. Afinal temos tanto e tão perto. No próximo domingo, tenho a certeza de que esta natureza não será igual. Assim se transforma a simplicidade de hoje, na complexidade do amanhã.


[bom dia sábado]

 


Manhãs de sábado. Na minha terra.
Batia vento frio nos cabelos apanhados e espelhava o sol nos óculos.
Estava doente. E aquela corrente de ar, ao mesmo tempo que me enchia o peito de oxigénio, assustava-me de tão fria. Fotografei pedacinhos de céu, de terra e de mar e recolhi-me. Entrei na capelinha. Quem me queria abraçar, ja tinha chegado. E o melhor para quem vê gente partir para voltar, é reencontrar. São os abraços, os sorrisos e as palavras ditas com o olhar.
São as certezas de que as amizades ganham asas, mas não voam.


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

[boa semana]

[Adormeci já tarde e deitada sobre o amor e sobre o amar. Sonhei com ele. Sonhei com amor e dormi agitada. Virei-me. Rebolei-me. Chateei-me.] E hoje foi segunda-feira.

[Dos momentos felizes]



Figueira, 13 de novembro de 2015

[Um dia faremos sentido]

Abraçamo-nos para calar as palavras que nos vão doer na alma. Falamos com os olhos para que a voz não nos trema. Não levantemos suspeitas de amores que achamos secretos. Mas que na verdade já todos os viram. Todos menos nós. Continuamos a trocar as mensagens esporádicas. A medo, a desejar um bom dia. A medo a desejar uma boa semana às segundas e um bom fim-de-semana às sextas. A medo. Tudo a medo. Sempre a medo. Preferimos não fazer sentido e falar do tempo a perder tempo. Achamo-nos secretos e escondidos até um do outro. E morremos um pelo outro. Ansiamos em segredo vir a fazer sentido. [Um dia faremos sentido]

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

[as histórias felizes nunca têm fim]

Tentaste por todos os caminhos chegar à conversa comigo. Acho que tentavas a qualquer custo dizer algo entre o inteligente e o engraçado. Tiveste sorte. Conseguiste o engraçado por meio do inteligente. Em piloto automático consegui responder-te com humor (disseste-me mais tarde). Tinhas ocupado o meu lugar na sala e não sabias. (Literalmente). Ocupavas a minha cadeira. Pediste desculpa com o ar mais doce e afável que te tinha visto até então e puxaste uma outra cadeira. Pediste-me que me sentasse ao teu lado. [as histórias felizes nunca têm um fim]

12.11.2015

Gosto quando brincas comigo e dizes que sou o Euromilhões da tua vida.
- És excêntrico.
- Sobretudo no Amor.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

11.11.2015

-És como um relógio.
-Como assim? 
-Sinto as batidas do teu coração.
-Não te sei perceber. 
-Sei que está na hora de ires embora quando a tua pulsação acelera. 

[E a vida é tanto em tão pouco]

Gostava de ter habilidade nas mãos para manusear as palavras e descrever o Mundo e a vida como os meus olhos a vêem.
O sol de Inverno no Verão de São Martinho, realça as imperfeições do rosto (e eu gosto tanto). Aquece o corpo, carrega baterias e devolve energias. E eu não sei explicar a felicidade dos raios de sol, o prazer de uma tosta mista à hora de almoço e o café na esplanada do café mais perto.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

09.11.2015

E todos os dias no mesmo sítio.
À mesma hora. As mesmas pessoas.
- Está tudo bem?
- Vai-se andando. Um dia de cada vez.

sábado, 7 de novembro de 2015

07.11.2015

- Não sei se há uma forma certa para o fazer.
- Mas há uma maneira certa para o querer.
- Com o coração. Eu quero-o com o coração.
- Então sabes o que é estar certo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

[Por estes dias]

Dia após dia, o tempo encurta e anoitece à hora em que nos dias grandes ainda bebiamos limonada e comiamos crepes. Saio de casa cedo, sem hora para chegar e vejo nessa incerteza uma das maiores beneces dos meus dias. (Tenho que os saber olhar, tenho que os saber ver). Pelo sim pelo não, na incerteza dos dias e na incerteza do tempo, há livros que fazem tantos quilómetros quanto eu, que carrego na mala, nos braços e nas mãos. Aguardo. E abraço as oportunidade que me são dadas de os abrir e de lhe devorar as páginas: comer palavras, absorver amor e respirar a inspiração alheia - passo a redundância.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Como numa promessa.*



[*Dos dias felizes.]

05-11-2015

-A noite de ontem faz do dia de hoje mais feliz?
[Não tenhas dúvidas.]

[De quem nos quer tanto bem]

Faz-me feliz abraçar-te. Sentir que vens de longe para o fazer, sentir que evocas esforços para nos termos, que somos metades e que juntos somos inteiros.
Temos ambos umas vidas loucas (talvez como nós).
Juntamo-nos nas horas em que a cidade dorme, mas nós não. Rimos enquanto comes gelado como uma criança e te dizes mais feliz que nunca, choramos o nosso cansaço e serenamos tudo quando nos abraçamos. Os teus cabelos dourados encostam nos meus caracóis morenos e os teus olhos verdes fecham a sentir e a precisar tanto daquele abraço quanto eu.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

[as histórias felizes nunca têm fim]

Não sabias no dia em que me viste pela primeira vez, o quanto eu era desorientada.
Sei que não te lembras desse dia tão bem quanto eu. Assim como eu te deixei descobrir que era desorientada, tu deixaste-me descobrir que és esquecido.
Cheguei sem saber que tu ali estavas(e que existias) e já vinha desorientada. Desoriento-me quando estou atrasada, e já estava.
Cheguei a rir-me, a compor apressadamente tudo quanto eram golas de camisas e casacos, a secar cabelos que apanharam pingos de chuva e completamente atrapalhada. Tirei os olhos da minha concentração desconcentrada e imediatamente embateram em ti. Petrificaste perante mim. Petrifiquei perante ti. Curiosamente senti-me envergonhada. Não sabia se tal como eu, não me esperavas, ou se estavas perplexo com a minha forma estranha de me apresentar ao trabalho. Apostava tudo na segunda hipótese antes da primeira conversa. [As histórias felizes nunca têm um fim.]

domingo, 1 de novembro de 2015

01-11-2015

Pediste-me que não te deixasse um único minuto. E eu pedi-te por favor, que nem um único segundo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

30-10-2015

Há cafés que me sabem pela vida, e há vidas que me sabem a café. Encontro-te no cheiro a café pela manhã pela tarde e em qualquer altura do dia. Nos dias, todos os dias, consigo sempre ver-te, imaginar-te e pensar-te [pelo cheiro a café]. Pensar que um dia não gostei desta nicotina encapotada, faz-me achar que descartei nesse tempo, a hipótese de amar. Seja ele quem (qual) for.

Até amanhã. E ficou dito.

Vão perceber que agora vos escrevo de alma lavada. Agora que acomodei a cabeça nas almofadas e que passei a palavra ao coração. Agora que descanso a ouvir Beethoven e que espero que o sono me leve para as estrelas. Agora que disse tudo menos um até amanhã,
Até amanhã.
E ficou dito.

 (Aos meus avós)

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

29-10-2015

Sou feliz de cada vez que me perguntas em qual das almofadas é que eu quero dormir. [vou escolher sempre os teus braços.]

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Ao amigo para sempre.

Gosto de inspirar e sentir o cheiro do perfume com que te beijei esta manhã. Do mesmo que tinha quando discretamente me agarraste nas mãos e aquele que disseste sentir quando de forma sublime e delicada me abraçaste. Tinha saudades tuas. Meia dúzia de olhares atentos e não vale a pena tentares calar mais nada a não ser o coração que fala através dos teus olhos. Sempre meigos. Sei isso de ti. Como sei muitas outras coisas que descobri por me deixares. Ao amigo para sempre.

A felicidade não tem que estar na realidade. Só tem que existir em nós.

Chove lá fora e na esperança de que sejam estrelas, aconchego-me cá dentro. [A felicidade não tem que estar na realidade. Só tem que existir em nós.]

Às minhas duas vidas.

Escrevo-te sem que hoje seja uma data especial. Escrevo-te porque as saudades existem todos os dias e isso basta-me. Escrevo-te porque o meu coração se desorganiza e o teu olhar orienta-me. Escrevo-te num chão que nunca chegaste a pisar, mas que me ampara a par contigo. Mudou tanta coisa. Mudou tudo. A minha vida contigo ao meu lado. A minha vida com o pensamento em ti. Vivo duas vidas numa. E era tão mais feliz na primeira. À minha avó.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A nú sou isto.

Muita imperfeição. Muitos cabelos despenteados. Muitas palavras feias. Muita desorganização no meio de muito esquecimento. Muitas conversas por completar. Muitas mensagens por responder. Muitos risos a ecoar. Muito cabeça no ar. Muito deixa andar. Muitos querer. Muito viver. Muito disto sou tão eu, grata por cada dia que passa.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Por existir mais um dia na história da minha vida.

Gosto muito da vida e destes dias de viver. Destes dias passados em caminhos que nunca irei decorar e com pessoas que gostei de conhecer. Gosto de ver o dia acordar e sentir-me acordar antes dele, gosto de ver o dia deitar, e eu deitar-me muito depois dele. Como num namoro por turnos. Sem horas para nos vermos, nem local. Quando o vi deitar-se pedi licença e corri à rua para lhe dar um beijinho de boa noite e agradecer existir mais um dia na história da minha vida. Este em especial.


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Há muito, muito tempo, era outra criança.*

Os cinco minutos da manhã em que páro para beber café, costumam ser os cinco minutos de revisão para o dia que tenho pela frente. Hoje, enquanto o fazia e mexia o café em movimentos lentos e sequenciais, entrou na pastelaria um adolescente, que para além de outras caracteristicas evidentes do status, trazia às costas uma mala da eastpack. Lembrei-me de mim. Numa realidade já tão diferente da que vivo agora. No décimo ano tive a minha primeira (e única até ao momento) mala da eastpack. Rosa fucsia. Sem estampagem. Exibia com orgulho a cor de menina numa mala que já marcava a minha mudança para adolescente. Cabia tudo e mais um par de botas. Era mala de guerra, e eu meio tostão de gente exibia-a com orgulho.
Cuidei dela religiosamente e acompanhou-me até ao décimo segundo ano (e ainda uns meses do primeiro ano da faculdade até eu achar que de adolescente já tinha passado a adulta).
Há realmente futilidades que nos marcam (e que nos fazem felizes).

* Vinte Anos do José Cid

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Dar a volta.

Não gosto do mês de Outubro. Que me perdoem as pessoas que gostam e que são felizes neste mês. (Um dia, este mês, voltará a ser tão feliz como todos os outros)

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Ontem foi um dia (muito) bom.

Acordei com a minha mãe a chamar por mim, tal como acontecia quando andava na escola e ainda adormecia e acordava na mesma casa que ela todos os dias. Ontem foi um dia diferente. Foi um dia bom. Chamou-me às 9h. Para a consulta às 10h30. Não se esquece do quanto me atraso a arranjar de manhã. E eu agradeço. Deitou-se comigo 5 minutos. E eu namorei a minha mãe. Os pais namoram os filhos e os filhos namoram os pais. Faz-me feliz saber exactamente cada expressão que ela faz a cada palavra ou frase que eu lhe digo. Desço as escadas e já me cheira ao pequeno-almoço. Não se esquece que o leite é morno, que o pão é integral e que o café é em chávena fria e com pouco açúcar. Passei a manhã com ela. O teor das conversas muda, a mudança faz parte de quem cresce. Levo-a eu a passear, levo-a eu a ver o mar. Ontem foi um dia (muito) bom por poder voltar a viver sem relógio. À minha mãe. Todos os dias.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Factos sobre mim. #1

Ao fim de uns quantos dias a deitar demasiado tarde e a acordar demasiado cedo, a fazer todas as refeições fora de casa e a andar em tudo quanto são estradas e apeadeiros, diz o meu corpo que está cansado.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

[um lugar para ser feliz*]



*na companhia certa.

[os pormenores que me fazem muito feliz]

O cheiro da água de colónia de bebé e a cor do algodão doce.

As mudanças são boas e apetecem-me.

Andam a apetecer-me mudanças. As mudanças são boas e a mim apetecem-me mudanças em geral.
Mudei o corte de cabelo e o perfume esta semana. A seguir já mudava o roupeiro porque a roupa vai numa perfeita pelintragem do agora apetece-me tudo, e do depois já não me apetece nada. Ah. E hoje é Verão e amanhã já não. Adiante. Apetece-me mudar a casa também. Assim numa de clean, lixava os móveis todos e pintava-os de branco. Trocava aquela parafernália de cores que já gostei de ver combinadas um dia por tons neutros como pérolas, brancos, bejes e também uns camel. Não sei se esta última é considerada neutra, mas passa a ser para mim porque as mudanças são boas e apetecem-me. Assim como não posso mudar a casa toda de uma vez como quem estala os dedos ou assobia para o ar, vou começar pelo quarto. Primeiro talvez sejam os candeeiros, ou então primeiro talvez sejam as almofadas e o edredão. É, talvez seja qualquer coisa. Desde que mude. E que goste.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Almoços nas nuvens.

Ainda a correr sem sentir que é quinta, ou que já é quinta, ou que ainda só é quinta só abrandei o ritmo desta semana hoje por volta do meio dia quando me meti no carro a caminho da Figueira. O sol de Outono está brilhante como ouro polido. Decidi almoçar no destino. Parei num sítio improvável para mim e apetrechei-me de hambúrgueres e sumo. Peguei em tudo como quem pega numa criança ao colo e vim feliz, sentar-me na marginal da praia de Buarcos a almoçar com o mar à minha frente. O mar é único capaz de medir os meus sonhos.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Não tenho bimby, não sei cozinhar, mas as minhas amigas têm mãos de fada.


As corridas da vida.

Fazemos o que podemos para chegar onde queremos. O mais longe perante o que desejamos. Não tenho conseguido chegar onde quero, com quem quero. Tem sido aos poucos com um jogo de cintura que nem sempre é acompanhado pela saúde que teima em falhar como a tinta de uma esferográfica em fim de vida útil. Faço corridas figuradas com quilómetros ficticios na minha imaginação enquanto estou sentada. E quem nos entende, espera-nos, acompanha-nos, corre connosco (mentalmente) e aguarda receber uma mensagem nossa como quem aguarda o toque de partida para uma grande corrida até nós. E só assim é possível. E só assim conseguimos. Quando todos juntos, corremos no mesmo sentido. O de brindar à amizade.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Factos sobre o Mundo com influência directa em factos sobre mim.

A Milka tem umas bolachas do demo e eu tenho vários pares de calças a deixarem de me servir
(Talvez haja alguma ligação entre estes dois.)

Factos sobre o Mundo.

As pessoas parvas quando vão a conduzir e vêem uma pessoa na passadeira para atravesar a estrada, fazem cara de importante e aceleram.

Factos sobre mim.

Estou tão cansada que passei a minha hora de almoço a dormir no carro.
(Antes estivesse a inventar)

Assumimos na vida contradições ridiculas.

Ao mesmo tempo que agradeço a existência da minha mãe no meu Mundo, consequência dos dias muito cheios, o meu telefone toca e eu tenho que a despachar em frases monossilábicas e encortar conversas de páginas, em segundos.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Dentro das nossas paredes, só nós sabemos.

Independentemente da idade, sonhamos com principes e princesas. Gostamos de ver desenhos animados. Encostamos no colo de quem nos quer bem. Sentimos o calor da protecção e o perfume das roupas. Deixamo-nos levar por cojugações ineberiantes e exigimos no silêncio do coração que os momentos sejam eternos. Pedimos que a chuva caia, que permaneçamos todos juntos na mesma casa e que o nosso coração bata. Bebemos leite quente. Pedimos tranças no cabelo e somos Rainhas de Arendelle. Somos tão felizes.

[voltar sempre onde já fomos felizes]

No fim de semana subi à figueira do meus avós como tanto me apetecia. Sem o olhar atento deles, sem os pedidos para que tivesse cuidado e com a cara cheia de lágrimas [voltar sempre onde já fomos felizes].

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Aos dias que passam. Aos dias que ficam.

Estamos na época dos figos. Eu vejo-os nas fotografias e nas mesas de outros. E eu também os tenho na minha. (mas...) Não são os teus. Não os quero, não os como. São-me levados com carinho e aceito-os com gratidão. Mas não são os teus avô.  Já te tinha dito?
Queria poder subir à placa com o vosso olhar de medo. Sei agora vê-lo (não via). O vosso olhar era apesar do medo, um olhar seguro, e eu era segura por vos ter ali a darem-me certeza das minhas certezas (ou nas que eu acredito). Uso um  pleonasmo para vincar tudo aquilo que vocês foram um dia  e duas das coisas que vocês serão todos os dias para sempre: Segurança e certeza na minha vida. A figueira tapava a placa frágil, os ramos apoderavam-se a pouco e pouco dos pequenos degraus que me faziam chegar a ela e eu insistia chegar lá para poder comer figos pingo de mel directamente da árvore. Desde que não tenho o vosso olhar para me ver subir, que não lhes tomo o sabor, que os olho com saudades, mas talvez sejam estas apenas vossas, nunca deles. 

A vida como uma noite de sábado.

Se pudesse escolher as minhas noites, queria-as como uma noite de sábado sem compromisso ao domingo. Tempo ameno em boa companhia. Conversas e café. Jantares rápidos e copos de sumo fresco. Gargalhadas sinceras em olhares cúmplices. Tons de voz acelerados em silêncios de quem foi e ainda não voltou à rotina dos dias cronometrados por relógios com horários apertados.
Queria viver a vida como noites de sábado.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Tão cansados, mas tão felizes.


A hipótese de fazer uma aula de surf adptado, deixou os nossos jovens-adultos cheios de vontade de pisar a areia e conhecer o mar. Não estive lá no momento em que o fizeram e em que agarraram a oportunidade que lhes foi dada com unhas e dentes, mãos e pernas. Mas o meu coração esteve. Já conheço os sorrisos.Não mentiam. Estavam felizes. Obrigada a todos os que evidenciaram esforços (literalmente) para que fosse possível e que disseram desde o primeiro dia que não iriam desistir de ningém.
 

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Compota de Pêra, flor de anis e vinho do Porto.

O primeiro workshop foi realizado pela doce Vera Ferraz do blogue "Hoje para jantar". A Vera meteu os nossos jovens-adultos a confeccionar delicioas compotas para a loja  pop-up Store - A SEITA.  Deixo a receita e deixo também um enorme agradecimento à Vera.



Compota de Pêra, flor de anis e vinho do Porto
1 kg de pêra
800 g de açúcar
2 flores de anis
1/2 cálice de vinho do Porto
1/2 limão
Descasque as pêras e coloque-as numa taça com água e sumo de limão.
Deite o açúcar no tacho, junte 1/2 chávena de água, a fruta, as flores de anis e o vinho do Porto.
Leve ao lume e deixe cozinhar, mexendo de vez em quando, até a fruta estar cozida e o molho começar a reduzir (cerca de 1,5 - 2 horas).
Triture se desejar, coloque em frascos esterilizados e vire-os ao contrário deixando-os assim até arrefecerem.




 Fotgrafias docemente roubadas à querida Vera Ferraz.

Uma semana sobre rodas. Literalmente.

A Liliana é a maior ursa da blogosfera e tem um coração proporcional à sua condição de animal.
A Liliana, o Rui, a Mep e muitas outras pessoas boas estão no Campo de Treino EvoluIR 2015 para poder proporcionar a 25 pessoas da  Asbihp (Associação de Spina Bífida e Hidrocefalia de Portugal) a semana mais feliz das suas vidas.
"Temos casos de pessoas que estão institucionalizadas em lares de idosos (mesmo tendo 20 anos) por não haver outros recursos nas suas comunidades de origem, de um casal que não sai de casa durante o ano porque o prédio onde vive não tem rampa e para quem a colónia/campo é o único momento de saírem "em liberdade condicional"
Foram estas algumas das palavras que eu li, que me arrepiaram e que me moveram. Consegui pouco, porque considero que aqui, nada é muito. Queria estar presente em cada uma das actividades que conseguimos meter "sobre rodas". Literalmente. As ideias partiram da Pólo Norte e daqui partiu um apoio para chegar às pessoas certas para as realizar. Foi no Domingo que os conheci a todos. Foi no Domingo que o meu coração ficou mais feliz e é desde Domingo que me sinto uma verdadeira fomiguinha perante a força gigante dos membros da asbihp.

Como cumprir os limites de velocidade? Eu explico.

Para cumprir os limites de velocidade, o melhor é ir o caminho todo atrás de um tractor cerrregado de palha sem qualquer tipo de hipótese de o ultrapassar. Vamos a pastar o caminho todo. Literal e figuradamente.De nada.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

[Se nos move, é amor]


A Asbihp (Associação de Spina Bífida e Hidrocefalia de Portugal) são pessoas, amor (até nos pés da pequena Ana), e sorrisos.

[Boa tarde]

Talvez as melhores aventuras sejam aquelas em que embarcamos sem bilhetes comprados. Talvez sejam aquelas que se fazem por terras desconhecidas. Talvez até aquelas que se fazem às escuras, sem apalpar terreno.
Gosto do caminho que faço sem sequer ter pensado que poderia ter que fazer
Gosto de ter que acordar e lutar contra os ponteiros do relógio que teimam em apressar-se contra mim que a todo o custo teimo em atrasar-me.
Os quilómetros percorridos pela manhã, equivalem a batidas certeiras do coração. ♥

domingo, 16 de agosto de 2015

Em caso de incerteza.

Tenho escritos pedaços de vida em pedaços de papel. Arrasto cada pedaço de papel em cada passada que dou. Mais uma letra, mais um ponto, menos uma vírgula. Imagino cada frase. Cada fase, cada sonho. E vivo. Um pouco mais hoje do que ontem, um pouco menos hoje do que amanhã, e um dia de cada vez no horizonte das certezas de que se quer muito.

[Boa tarde]*

[*ontem]

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Julho está a resolver-se!

Afirmei que Junho foi um mês chato. Abdiquei de sonhos e de mudanças. Comecei o mês de Julho com dois dias a três, e tomei a decisão de não abdicar de mais nenhum sonho ou mudança. Deixei em suspenso o blogue, (não tanto mas também) o Facebook e dediquei-me à vida na Terra. O instagram foi o único a testemunhar as minhas inspirações e mudanças mesmo que entrelinhas. Estou a uma semana e meia de mudança declarada, de tentar menos e acertar mais. Julho está a resolver-se. E a minha vida também.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

A casa que foi nossa.

Monte da Esperança. Foi aqui que encontrámos a casinha que nos acolheu durante dois dias. Dois dias a três. Um sossego na alma. Um preenchimento no coração. Longe do Mundo com esperança no futuro que ainda não veio. Mas há-de vir. Os dias quentes, as almas escaldantes, as águas fervidas e as memórias mexidas. É aqui, é ali, mas é com eles que sou feliz. Oxigénio para Julho.