terça-feira, 3 de novembro de 2015

[as histórias felizes nunca têm fim]

Não sabias no dia em que me viste pela primeira vez, o quanto eu era desorientada.
Sei que não te lembras desse dia tão bem quanto eu. Assim como eu te deixei descobrir que era desorientada, tu deixaste-me descobrir que és esquecido.
Cheguei sem saber que tu ali estavas(e que existias) e já vinha desorientada. Desoriento-me quando estou atrasada, e já estava.
Cheguei a rir-me, a compor apressadamente tudo quanto eram golas de camisas e casacos, a secar cabelos que apanharam pingos de chuva e completamente atrapalhada. Tirei os olhos da minha concentração desconcentrada e imediatamente embateram em ti. Petrificaste perante mim. Petrifiquei perante ti. Curiosamente senti-me envergonhada. Não sabia se tal como eu, não me esperavas, ou se estavas perplexo com a minha forma estranha de me apresentar ao trabalho. Apostava tudo na segunda hipótese antes da primeira conversa. [As histórias felizes nunca têm um fim.]

Nenhum comentário:

Postar um comentário