segunda-feira, 16 de novembro de 2015

[Um dia faremos sentido]

Abraçamo-nos para calar as palavras que nos vão doer na alma. Falamos com os olhos para que a voz não nos trema. Não levantemos suspeitas de amores que achamos secretos. Mas que na verdade já todos os viram. Todos menos nós. Continuamos a trocar as mensagens esporádicas. A medo, a desejar um bom dia. A medo a desejar uma boa semana às segundas e um bom fim-de-semana às sextas. A medo. Tudo a medo. Sempre a medo. Preferimos não fazer sentido e falar do tempo a perder tempo. Achamo-nos secretos e escondidos até um do outro. E morremos um pelo outro. Ansiamos em segredo vir a fazer sentido. [Um dia faremos sentido]

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