sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Ontem foi um dia (muito) bom.

Acordei com a minha mãe a chamar por mim, tal como acontecia quando andava na escola e ainda adormecia e acordava na mesma casa que ela todos os dias. Ontem foi um dia diferente. Foi um dia bom. Chamou-me às 9h. Para a consulta às 10h30. Não se esquece do quanto me atraso a arranjar de manhã. E eu agradeço. Deitou-se comigo 5 minutos. E eu namorei a minha mãe. Os pais namoram os filhos e os filhos namoram os pais. Faz-me feliz saber exactamente cada expressão que ela faz a cada palavra ou frase que eu lhe digo. Desço as escadas e já me cheira ao pequeno-almoço. Não se esquece que o leite é morno, que o pão é integral e que o café é em chávena fria e com pouco açúcar. Passei a manhã com ela. O teor das conversas muda, a mudança faz parte de quem cresce. Levo-a eu a passear, levo-a eu a ver o mar. Ontem foi um dia (muito) bom por poder voltar a viver sem relógio. À minha mãe. Todos os dias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário