sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

A bela adormecida, é minha avó.

Há 5 anos atrás, no dia de hoje, por esta hora, já não te via há 24h. Despedi-me de ti na noite de dia 24 com um beijo e com uma promessa: a de voltar daí a pouco para te mostrar os meus presentes. A manhã estava fria e a mamã segurou-me por casa para ver se não adoecia no frio da rua. Por volta da hora de almoço, o telefone tocou com a denúncia com que nunca devia ter tocado. Não te sentias bem. Precisavas de ajuda. A mamã e o mano correram para junto de ti e pediram-na. O papá segurou-me quando soube que tinhas sido levada. Não fui a tempo de te mostrar os presentes nem de te beijar as faces uma e outra vez e vezes sem fim nesse dia. Ficaste no meio de batas brancas para seres cuidada e acabaste por adormecer durante esta mesma noite em que agora te escrevo, separada por cinco anos. Foi para sempre o teu sono. E ainda não acredito.

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