Coimbra onde acordo cedo, e a luz é escura. E o Céu engana. E o Céu não passa, nem prevê. Nem raio de sol, nem dia cinzento. Palmilho-te Coimbra, depois disso, depois de ser dia. Caminho em passos largos, ruas fora, sem conforto, e sinto saudades dos dias em que em vez de ruas fora, ruas direitas, ruas planas, eram ruas exigentes, de calçadas pouco confortáveis, caminhadas por ténis. Passagem certa pelo Arco de Almedina, presenteada pela "Balada da Despedida", e de seguida pelo quebra costas, tantas vezes me cansei ao subir. Tantas vezes sorri de orgulho pelas escadas a cima! Olho agora o Mondego, transborda de água, e eu transbordo, de nostalgia, ainda dentro de ti! Tens sido mãe Coimbra, tens sido amor, a capital dele, tens sido casa, tens sido trabalho, tens sido orgulho, tens sido lágrimas. Tens sido, o que nunca nada foi: o salto para o que virá! Hoje em especial, obrigada Coimbra! Obrigada Parque Verde pelo abraço em que me envolveste, até hoje. E até sempre!
Neuza Martins
Incidiu um raio de sol no meu Sorriso.
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