terça-feira, 1 de julho de 2014

De qualquer das maneiras, seja bem-vindo senhor Julho.

Sei lá. Não quero ser insensível à chegada do mês de Julho, mas até agora, este mês não tem nenhum tipo de particularidade. E se for para ter uma particularidade má, mais vale não ter, e continuar a manter-se um mês anónimo.
Julho era há uns anos (talvez já muitos), mês de férias, mês de ir à praia, fazer castelos na areia, respeitar as horas de sol, caminhar, andar de bicicleta, juntar a família (mais vezes que o normal), fazer lanches grandes, molhar os pés, andar descalça a sentir o calor do solo. Mês das festas da Vila, mês dos amigos de longe estarem perto. Julho deixou de ser esse mês. As aulas prolongaram-se, e as férias encurtaram-se, começaram os exames, primeiro os de um ano, depois os do outro. Muitos outros anos assim, e Julho nunca mais ficou por conta das férias a tempo inteiro. Não fica nada por viver, mas ficam prioridades na vida.
Este ano Julho chegou. Mais incerto que nunca. E "agente" aguarda. E "agente" espera. Por vezes "agente" até desespera. Mas sorri. Sorri porque trabalhamos. (Temos trabalho). Mas desesperamos quando aguardamos que nos chamem para a prova do falamos agora em 60 minutos ou nos calamos para sempre. E talvez Julho venha a ter uma particularidade. E talvez para o ano, eu fale de Julho com uma particularidade de carinho.

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