terça-feira, 8 de julho de 2014

Alguns minutos de silêncio.

Finalmente ontem, o dia, em que vi "A Culpa é das Estrelas". Querem saber se fui mais uma das Marias Madalenas que chorou? Fui sim senhora. Não por ser uma história de amor. Não porque me tenha feito contactar com a realidade do cancro, o drama da perda de um filho e o drama da perda de uma pessoa que nos é querida. Não por isso. Foi-me dor, porque o cancro não me é anónimo. O cancro não me é longínquo, é uma realidade, e é-me familiar. O cancro tem para mim um nome, e uma cara. Que me serve como "representante" de tantos outros. Pessoas que têm vidas, pais e mães, mais ou menos presentes, irmãos ou irmãs, avós e amigos. Eu fui amiga. Amiga até ao fim de um corpo presente. Amiga de uma alma para sempre. Seja o para sempre, marcado pelo tempo que eu exista. Existirá ela comigo. Levada com a idade que tinha, levada com os sonhos que não concretizou, com os que estava a concretizar, e talvez alguns que tenha concretizado, mas muitos menos que aqueles que teria tempo de concretizar, se tivesse tempo de viver.
Vi-te ontem na Hazel Grace, doente, mas com força de sonhar e de viver!
Diz-nos no livro/filme que a "dor é para ser sentida..."
E é. E é por isso que ainda hoje sinto a dor da tua perda.

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