terça-feira, 12 de novembro de 2013
Hoje sinto-me nua!
Não nua no sentido da vestimenta, da toilette. Dessa parte, bem ou mal, estou vestida! Mas, dizem que são os filhos que mudam as rotinas das mães, dos pais, das famílias, mas sendo eu que eu não tenho filhos, o que muda mesmo a minha rotina, é o autocarro! Raios o partam, está armado em noiva em dia de casamento. Se o noivo lá não está no altar à sua espera, a noiva põe-se a andar. O autocarro faz o mesmo. Se eu lá não estou à espera dele a tempo e horas, passa, e nem rastos deixa. Nem um ramo de flores deixa por descuido para trás, a dar ares de por lá ter passado. Pronto, sendo assim um ingrato, o melhor, quer dizer, o obrigatório, é estar a tempo e horas na paragem. E por isso, hoje, qual creme na cara, qual creme nas mãos, qual perfume, qual acessório. Eu e a minha mala, ao ombro, a correr, e foi se quis. Nunca me tinha acontecido. Sinto-me despida dos cheiros que me caracterizam. Acho afinal, que não tenho ainda a mala com toda a tralha necessária.
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