Coimbra a adormecer!
E assim adormece Coimbra, apenas no Céu se nota o seu anoitecer. Apenas o Céu e o relógio marcam o início do seu adormecer. Porque na verdade, a Cidade não adormece. A Cidade é Cidade. Esta, a dos Estudantes. Esta a que já viu pelos seus olhos, milhares de estudantes, e milhares de capas. Capas ao ombro, capas traçadas, capas no chão. Capas sujas, capas negras, capas lavadas pelas lágrimas das saudades, pelas águas do rio. Águas por onde já correram boas e más noticias. Corpos vivos, corpos mortos, flores de alegria e flores de tristeza! Águas que correm com uma missão. A missão de que foram incumbidas, e da qual sabe única e somente quem lhas confiou!
Neuza Martins
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