quarta-feira, 25 de junho de 2014
Queremos tudo menos estar iguais!
Nunca queremos estar iguais. Nem estar iguais aos outros, nem estar iguais ao que estamos, ou ao que já estivemos. Hoje caminhava rua fora, e passava por um edifício espelhado. Passo apressado, é o meu, é o normal, é o costume. Tenho sempre pressa no andar. Ao olhar-me no edifício espelhado, reparei no meu cabelo, apanhado (o tempo meio esquisito, permite-me que seja esquisito definir a vestimenta, e com o calor que estava, apertei o cabelo). Apesar do cabelo apanhado, notei-o comprido. Senti-me contente de o ter tão comprido, até porque tendo eu o cabelo encaracolado, nunca dá para perceber realmente o tamanho dele, a menos que esteja esticado (não vou muito nessa). Pensei então que há um ano a trás, estava exactamente assim, e chegado a Agosto, levou um corte de que até aí não tinha memória. Depois do corte e das exclamações: Uau, que diferente! Uau! uau! A lembrança passa. E daí a duas semanas estava feita Madalena arrependida por ter feito aquilo ao pobre do cabelo. Agora que voltou a estar comprido, temo que a ideia que me possa vir a assombrar, seja exactamente a mesma de Agosto passado.
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