quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A história vai rezar destes casais modernos!

Vem com dois dia de atraso,  mas vem. E se os jogos de futebol, permitem prolongamento, os meus dias não. (Porra que andam difíceis de se aguentar.) Neuza entra às 9h, senta-se e trabalha o dia inteiro sem cessar. Entretém-se com umas bolachas de arroz, uns cafés e umas pastilhas elásticas, achando que passa por aí, a solução para os ponteiros do relógio andarem mais depressa. Hora de almoço e a Neuza é convocada para uma sessão de formação e uma reunião. Bingo. Logo no dia que joga o Benfica. (Porra que ao que eu percebo, e gosto, de futebol, a necessidade de ver os meninos jogarem, era emergente.) Passa a tarde, e lá me contento com um café e um brownie. Faz-se tempo e conversa-se com amigos. Hora de trabalhar, e trabalha-se, sempre com a esperança de se despacharem as coisas a tempo de ver o Benfica jogar. Eram 8h30 e o trabalho acaba. Só passavam 15 minutos desde que o jogo tinha começado. Apanho táxi e sigo até casa do H. que ansiava a minha chegada enquanto fazia o jantar. No caminho, o taxista ouve atentamente o relato do jogo. E é goloooo do Benfica! Chego a casa do H., e o café cá em baixo está cheio de pessoas estáticas a ver o jogo, com o barulhinho do costume. Os Ai, Ui, Porra, Chuta, Fogo, Que ia sendo, Mas não foi, Cabrão, Joga, Bola para a frente.. e afins! Eu subo, dou um beijo ao H., e peço que por favor despache o jantar que eu preciso de correr para ver o Benfica. O H. olha para mim, de olhos arregalados, como quem tem medo, como quem pergunta interiormente quem sou eu realmente, mas não exterioriza.
Foi tudo menos aquilo que pensou, o que ele disse:
-O N. e o M. estão lá em baixo no café a ver o jogo...
Não foi preciso mais nada até que eu gritasse bem alto:
- Não levo chave, estou lá em baixo com eles. E bato com a porta!
9h e pouco quando é intervalo. O H. liga e diz que o jantar está pronto!
Subo, janto, e o H. lava a loiça enquanto que eu, armada em pobre e mal agradecida, barafusto para que se despache que quero ir ver o resto do jogo e comer tremoços.
Pois, e bem que assim acabou! Acabei sentada ao lado do M., a dividir a cadeira, enquanto via o jogo, comia tremoços, e gritava que estavam a jogar como uns gatinhos meigos, a brincar com um novelo de lã!
Homem, tu tratas da casa, que eu assumo o papel de Benfiquista, no café mais próximo!

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