sábado, 27 de julho de 2013

E os VV!

Os Verões e as Vidas. Sejamos sinceros, todos nós ansiamos pelo Verão porque os dias são grandes, os dias são quentes, regra geral, ou pelo menos eram, e porque parece que ao mesmo tempo que queremos manter a linha, nos puxa para andar para aqui e para ali a petiscar daqui, e a petiscar dali.
Mas agora pensando bem, não querendo ter uma visão pessimista, uma visão negativa, uma visão crítica, uma visão "pobre de espírito", dou por mim a pensar nisto do Verão. Nesta febre que leva milhares de gente a rogar pragas ao inverno e a apelar ao verão e a tudo o que ele traz. Não, não pensem que tenho dor de cotovelo daquelas pessoas que abancam em hotéis de 4, 5 estrelas, estrelas michelin e por aí adiante, mas o que se passa é que o verão não é realmente aquilo que nos fazem acreditar que é, ou que em tempos foi. Não tenho muitos anos de vida, porque não tenho, mas já me apercebi, que isto não é tudo tão bom assim. Até termos idade para sairmos apenas e somente com os nossos "amiguinhos", vivemos o Verão como os nossos pais ou encarregados por nós, querem, depois começamos a passar o tempo de Verão com os nossos amigos. Vamos para aqui, para ali, lá está o que realmente se espera do verão, e o tempo passa. Vamos à festa x, à festa y, Cumprimentamos a pessoa A e a pessoa B.  Se não vamos a pé, vamos com a mãe da I e voltamos com o pai da J. Se não usamos a sainha azul com bolinhas amarelas, usamos a sainha com as risquinhas azuis e verdes, e se não almoçamos às 2h, almoçamos às 3h ou às 4h, e o que interessa é ir, e o que interessa é estar. Estar dias, estar tardes, e há sempre que fazer, e há sempre onde estar, e aí, os dias são tão grandes, e para nós tão pequenos. Hoje, vejo o verão como o Verão. É apenas e somente o Verão. Porque o tempo passou, porque nós crescemos, porque o tempo livre, escasseou, e as mudanças da vida, e as mudanças dos tempos, dos espaços, nos obrigou a que assim víssemos esta altura do ano. Porque ele trabalha, porque ela estuda, porque ele faz estágio, porque ela faz viagens de ida, sem querer voltar. E assim se tornam os verões, cada vez mais nossos, cada vez mais centrados em nós, naquilo que apenas nós gostamos, e não é por vontade, é por imposição das vidas. Não é que nos deixemos de divertir, de aproveitar, mas a diversão é diferente, e o aproveitamento parece-nos mais fraco, e não há nada que mostre o rendimento. O tempo não rende. E um dia, mais tarde, eu não vou querer ter para dar aos meus netos, silêncio, porque o tempo não rendeu...

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