sexta-feira, 8 de julho de 2016

Voltar onde já fomos felizes. Sim ou não?

Sim. Sou feliz no Porto e volto sempre.
Tenho a certeza que um dia irei conhecer cada (re)canto. Um dia irei namorar a Cidade de todos os ângulos possíveis e saberei apontar ao longe cada lugar onde fui feliz.
Faz hoje uma semana que fiz as malas e que rumei para lá. Mais uma vez para lá. Mas desta para ser e para fazer: feliz.
Se o que vivi não foi magia, ensinem-me o que é ser mágico.
Éramos muitos, às tantas tão poucos para tudo o que tenho a certeza que todos desejávamos fazer (mais, sempre mais). Uma Rua no Porto, um Lar, uma porta aberta a 35 meninas e a todos nós que de t-shirt branca e de coração a rebentar de orgulho, fizémos de tudo. Tenho a certeza que tal como eu, muitos de nós que lá estavamos nunca tinham feito muitas das coisas a que se proposeram.
As pinceladas na parede souberam-me a um apagar de um passado daquelas meninas que não queremos que volte. Acartar colchões foi divertido (obrigada R.), montar e desmontar candeeiros, passar cortinas, passar o esfregão no chão, passar mais uma pincelada na mão. O corpo já não queria. Mas o coração pedia. E o que nos passava nos olhos também. Obrigada P. pelos corações no peito. A. pelos miminhos e chupa chups, C. pelos cafés (foram muitos), J. pela dedicação, e a todos, a todos sem excepção, obrigada pelo carinho e que o coração nunca (nos) vos falhe. A ti Marta, a ti um orgulho sem fim. Obrigada por me deixares entrar no teu Mundo de pessoa do Norte com o coração até ao Sul. Dormem agora 35 meninas no conforto de uma cama nova e de um colchão. Numas paredes mais delas, com memórias só de pedaços delas e de nós.
Sou feliz. E no Porto? Já disse que sou feliz no Porto?

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